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28 de março de 2021 | 

Serafina Corrêa

Prefeitura e La Nave

Por: Solange Maria Soccol


Para honrar a nossa memória e o nosso conhecimento, estamos mais uma vez colocando o nosso município e a nossa gente em destaque no mundo cultural.
Memória é a história onde os valores originais de pequenos detalhes que, muitas vezes nos passam despercebidos, mas que na verdade são os que com o tempo causam o impacto da transformação.

Às margens do Arroio Feijão Cru, assim chamado pelos primeiros pioneiros da Linha Onze (Orestes Assoni), o Prefeito Guerino Antônio Massolini adquiriu uma quadra para futura construção do Centro Administrativo. Premonição? Ou o tempo acelerou no insconsciente a inovação? Uma iniciativa de responsabilidade que consentiria assim uma nova paisagem com nova estrutura e digna transformação?
Foram sequências reagindo positivamente a todas as inovações que as gerações consideravam de base aos processos culturais e sociais. E sim, nossa cidade compactua a palavra cultura com inovação, porque conservamos experiências acumuladas com nossa história, costumes e tradições. Inserimos até o presente momento o nosso comportamento de respeito, esse senso comum iluminado, esse caráter abençoado, nosso trabalho e nossa honra: identidade original.

Na gestão de Irceu Antônio Gasparin (01/02/73 a 21/01/77) foi dado início à canalização do arroio Feijão Cru: 200m.

Em seguida, Egydio Chiarello (01/02/77 a 31/01/83), dando continuidade a seu antecessor, fez 1.714m. de canalização, juntando os arroios que cortam a cidade, exatamente em frente ao que seria, na administração seguinte, o Centro Administrativo, construído pelo incomparável Prefeito Sérgio Antônio Massolini, eleito Vice em 1982, e assumindo por falecimento do Sr. Irceu Gasparin (14/12/82). Em cima do arroio: A Nave dos Imigrantes (1986), luz que nos direciona o olhar e nos fala, a todos, descendentes de imigrantes ou não, de uma doce paz entre a noite e o sol, brilho e bem luminoso de promessas convocadas, passo a passo. A Nave dos Imigrantes é como uma antecipada vitória da vida, do grito removido da garganta dos nossos bisavós. Ela nos fala: ‘Veni, vidi, vici’ (Vim, vi, venci- Júlio Cézar 47 AC), nos reportando além da estrela que anunciou a redenção universal.

O quanto de bem foi manifestado nessa obra, quanta cortesia nessa luz que cumpriu o dever de mostrar ao mundo o sentimento imigrante.